domingo, 15 de abril de 2018

Como Patrícia Lélis pode ter forjado a conversa de Telegram na qual Eduardo Bolsonaro a ameaça

Após ver atentamente o vídeo disponibilizado no YouTube, Link https://www.youtube.com/watch?v=pxleXC4UwFo no qual a jornalista Patrícia Lélis teria filmado conversa no aplicativo Telegram com o Deputado Eduardo Bolsonaro e no qual este a ameaçaria, e sabendo que o vídeo seria a principal peça usada para uma denúncia apresentada ao STF pela Procuradoria Geral da República contra o Deputado, decidi elencar neste texto alguns tópicos interessantes que provariam que ela poderia facilmente ter forjado toda essa conversa e há elementos suficientes para ter certeza disso:

Eu estava prestes a fazer um vídeo simulando com dois celulares o método que ela poderia ter usado para forjar a conversa, quando vi que vários usuários do YouTube, entre ele o Felipe Brasil que   conseguiu fazer a demonstração brilhantemente neste video https://www.youtube.com/watch?v=aWBftFvxuns podendo então me dedicar aos detalhes mais técnicos do vídeo original pois ainda assim, há mais alguns detalhes que chamam a atenção e põe ainda mais em cheque a veracidade do vídeo.

1) Por que aparece apenas o número e não o nome do correspondente? O aplicativo de mensagem Telegram, assim como o WhatsApp, buscam o nome do contato para exibição durante a conversa diretamente da lista de contatos do aparelho celular de alguém que você já tenha salvo as informações, como o Nome. Quando você não tem o nome e o telefone dessa pessoa cadastrado nos contatos do seu celular, o aplicativo exibe por padrão o número completo no estilo +55 (XX) XXXXX-XXXX, como realmente aparece no vídeo. Um pouco estranho, pois, se Eduardo Bolsonaro era "conhecido" de Patrícia Lélis, o mais comum seria que o aplicativo dela trouxesse o nome dele, que ela já teria cadastrado no celular, e não apenas o número de telefone. A menos que a intenção dela fosse justamente a de jogar foco ao número, que no vídeo acima e em vários outros espalhados pelo YouTube, já sabemos como pode ter sido facilmente feito. É como um truque de mágica, o mágico só vai querer mostrar aquilo que ele quer vejam!

2) Se não foi o Edurdo Bolsonaro então quem mandou as mensagens para ela?
Resposta: Ela mesma! Reparem que durante todo o vídeo no momento em que o correspondente está escrevendo, as mãos de Patrícia não aparecem na imagem, e ela sempre tira as mãos rapidamente do celular ao enviar cada mensagem. Teoria: Sabendo que teria que fazer 3 coisas ao mesmo tempo (Filmar, digitar de seu celular e responder de um segundo celular) ela teve todo o cuidado de preparar a cena com tempo, primeiro ela providenciou uma base para colocar seu celular e depois colocou o aparelho de filmagem em uma base fixa, com um bom foco e iluminação para não perder nem um segundo da conversa, o que não seria normal em uma filmagem as pressas para flagrar seu correspondente agressor. Se fosse algo feito as pressas o vídeo certamente teria os famosos defeitos da filmagens amadoras de handycam que de forma mais comum mostraria ela segurando o celular com uma das mãos e digitando enquanto filmava com a outra mão, com todos os defeitos de uma filmagem amadora (imagem desfocada, aparelho tremendo, etc) mas a estabilidade e foco da filmagem estão dignos de YouTuber profissional.

2.1) Os dois não digitam ao mesmo tempo. 
Durante toda a duração do vídeo, Patrícia e seu correspondente não digitam ao mesmo tempo. Quando o status de "... escrevendo" aparece no canto superior da tela, (indicação do aplicativo de que no momento  o correspondente está realmente digitando) as mãos de Patrícia não estão no celular e quando ela está digitando em seu celular, o status "está digitando" desaparece e muda apenas para "online" (o que significa que o correspondente realmente não está digitando nem uma letra sequer) e o mais impressionante é que ela sempre parece adivinhar o momento certo em que ele terminou seus textos para ela responder. Ora, para uma pessoa ameaçadora, até que o correspondente é bem educado e respeita o momento certo de ameaçar e xingar Patrícia. Quando o mais comum numa conversa desse nível de ânimos, seria vermos ela digitando e o correspondente digitando suas ofensas ao mesmo tempo, de forma desordenada, e sem nenhuma sincronia. Mas não é o que vemos, pois Patrícia e o seu correspondente do Telegram são a mesma pessoa e até onde sabemos uma mesma mão não consegue digitar textos em dois celulares diferentes ao mesmo tempo!

2.2) Patrícia aparece olhando distraída para outro lugar no reflexo do celular.
No momento do vídeo em 1:19 quando o status do interlocutor acaba de mudar para "...Escrevendo", vemos que a tela do celular escurece pela primeira vez por falta de manuseio, e neste momento dá para ver no reflexo que Patrícia estava distraída olhando para baixo (cabeça totalmente abaixada, usando óculos) e ainda se demora cerca de 4 segundos (guarde esse tempo) até "tirar as duas mãos do objeto que provavelmente manuseava", levantar a cabeça e apenas tocar a tela para voltar a aumentar o brilho da tela. Uma pequena pausa para tentarmos entender sua história: Patrícia estaria numa conversa tensa com um deputado federal que a estaria ameaçando sua vida, e ela está distraída olhando para outro lugar enquanto ele profere suas ameaças? Sim, se ela estiver olhando para a tela do celular de onde ela ainda estava digitando o texto se passando por Eduardo, quando percebeu pela visão periférica que a tela de seu celular escureceu e que a filmagem não pegaria bem o momento exato da mensagem (que ela ainda estava digitando) chegar em seu celular. Então ela toca o celular, reativa o brilho, volta para o segundo celular que está a sua frente, continua digitando e aí sim em 1:30 (após 11 segundos desde o início do texto) vemos a mensagem: "Mais uma palavra e eu acabo com vc" e apenas 7 segundos depois uma nova mensagem "Acabo mais ainda com a sua vida". Reparem que essa 1ª mensagem possuía 34 caracteres (incluindo os espaço) já a segunda teve 31, praticamente do mesmo tamanho e teoricamente levariam o mesmo tempo para serem escritas pela mesma pessoa. Porém, a primeira demora 4 segundo a mais (ops), por que? Porque apenas na primeira houve o contratempo de a tela apagar e são os exatos 4 segundos que ela perdeu para deixar a digitação, ativar a tela e voltar a digitar.

2.3) Patrícia aparece distraída no reflexo pela segunda vez
Novamente em 3:16, a tela escurece pela segunda vez coincidentemente enquanto o correspondente estava "...digitando" e mais uma vez a mensagem não é enviada enquanto não dá o tempo dela tocar a tela e voltar a digitar a curta frase: "O aviso está dado". Mas essa curta mensagem começou a ser escrita em 3:13 e só é enviada "séculos de digitação" depois em 3:24. Por que? Mais uma vez o contra tempo da tela escurecer e ter que ser reativada para ficar bem na filmagem.

NOVAS EVIDÊNCIAS

3) O correspondente de Patrícia começa a digitar a resposta sem ter tempo de ler a mensagem totalmente
Façam o seguinte teste. Assistindo o vídeo desde o início, todas as vezes que Patrícia escrever a mensagem, só após ela clicar em enviar e a mensagem aparecer na parte da conversa, em verde, e aparecer o segundo visto (aquele que confirma que o destinatário recebeu a mensagem) E SÓ DEPOIS DISSO, leiam a frase em voz alta como você faria se fosse você quem tivesse acabado de receber a mensagem dela em seu celular. Você vai reparar que antes que você tenha tempo de terminar de ler, o correspondente dela já começa a digitar a resposta. Isso acontece em praticamente todas as mensagens que ela manda. Ora, a pessoa que recebe a mensagem não precisa de alguns segundos, que seja 1 ou 2 para processar a pergunta, elaborar a resposta e só então começar a digitar? Não quando é a própria pessoa que acabou de escrever. A primeira vez que vi o vídeo isso passou batido, afinal, lemos as mensagens do ponto de vista que quem está escrevendo, e nesse caso o tempo de resposta nos parece normal. Mas, uma vez que você se coloca no lugar de quem só vai ler após a mensagem ser enviada, o correspondente lhe parecerá o The Flash do Telegram, porém a solução é muito mais lógica: Quem responde não precisa ler a mensagem quando foi ela mesma quem acabou de escrever. E a mesma coisa para ela! Façam o mesmo teste de ler a mensagem em voz alta no momento do vídeo 1:38 após o correspondente escrever "Acabo mais ainda com a sua vida". Vocês verão que ela também começará a responder rapidamente sem ter tido tempo de ler em seu celular essa última mensagem. Então, levando mais esse detalhe em consideração, torna-se ainda mais incrível o timing da conversa que parece ainda mais sincronizado do que já era. E se é perfeito é porque foi coreografado! Arrisco até em dizer que ela escreveu antes toda a conversa em um papel deixado sobre a mesa para seguir à risca seu próprio roteiro e não esquecer de nada.

Minha conclusão:
Não resta dúvidas de que a pessoa que aparece digitando no celular (Patrícia Lélis) está falando consigo mesma através de um segundo celular, numa situação totalmente montada para que ela pudesse fazer o registro de forma calculada, apesar de ter acontecido 2 contratempos, que obviamente ela não havia levado em consideração, através dos quais é possível retirar muita informação.

Declaro que não sou perito e recomendaria que o Deputado Eduardo Bolsonaro contrate um, que facilmente levantará esses fatos e ainda mais detalhes complexos que só podem ser feitos com o uso de equipamentos apropriados, como cronometrar com precisão o tempo gasto nas digitações de todas as mensagens comparando entre os dois (se for a mesma pessoa, o tempo gasto provavelmente será sempre o mesmo ou com o mínimo de diferença). O golpe de minerva da perícia seria recriar toda essa situação da mesma forma como eu e muitos outros internautas acreditamos que ela possa ter feito, filmando toda a ação de vários ângulos para levar como prova em juízo. Seria complicado, mas totalmente possível.

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